LÁPIS DE COR AQUARELÁVEL

Post atualizado em: 08/11/2021 17:27:08

LÁPIS DE COR AQUARELÁVEL

“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”.

Da Vinci

 

Quem nunca utilizou lápis aquarelável, não é mesmo? Ele fez parte da nossa infância e para alguns, continua para a vida toda! Intenso e versátil, disponível nas maiores variações de cores! Vamos descobrir como usar este material e deixar a criatividade fluir!!?

 

COMO O LÁPIS É FEITO?

Diferente dos lápis de cor normais, o lápis aquarelável possui em sua composição química um pigmento que, ao entrar em contato com a água, resulta na diluição do pigmento, assumindo a típica característica da aquarela: a transparência.

 

VANTAGENS

 

As cores dos lápis aquareláveis tendem a ser mais vivas e não desbotam.
A mistura das cores é ótima, sendo possível fazer um degradê como a exemplo do que se pode fazer com os outros lápis de cor, com a vantagem de criar novas tonalidades. Este material propicia usá-lo sem água. Como as cores são mais saturadas, o resultado são cores vibrantes. É, inclusive, possível usar o lápis de cor aquarelável branco para desenhar sobre papéis de cores escuras e se aventurar nesta superfície diferente.

O lápis aquarela também oferece a possibilidade de detalhar áreas de desenhos que o pincel não alcança.

COMO COMEÇAR A USAR O MATERIAL?

É comum a dúvida, por onde começar? Apresentamos dois modos de usar o lápis, para quem deseja se aventurar com esse material.

A primeira, ideal para áreas grandes, consiste em fazer o desenho com o lápis aquarelável no papel para, assim, aquarelar com o pincel úmido com movimentos suaves; ao receber a água, o pigmento tende a se soltar sobre a folha e se espalhar mediante o movimento do pincel. Quanto mais força, ou camadas se aplicar no papel, mais intensa ficará a cor. Essa técnica tem como característica a forte presença do rastro do lápis de cor aquarelável no papel. Mesmo depois de ter passado as pinceladas molhadas, é possível que o rastro do desenho apareça de alguma forma no final. Quanto mais leveza se conseguir manusear o lápis, menor o rastro sobre o papel – mas ao mesmo tempo, mais transparente ficará a cor final. 

De outro modo se faz o processo contrário: se umedece o pincel para passá-lo diretamente na mina (grafite do lápis). Mas é necessário ter cuidado. Não é aconselhável mergulhar o lápis na água, nem encostar o pigmento na madeira do pincel, pois isso diminuirá a durabilidade de ambos.

Esta segunda técnica é a melhor para áreas pequenas – em detalhes e partes que exigem maior precisão. Existe uma ampla possibilidade no que se refere ao uso do pincel (variações de pressão e inclinação) e a coordenação motora.

 

TÉCNICAS

Degradês

Quando ainda se é um aprendiz do desenho e pintura com a aquarela, a melhor forma para aprender a fazer os degradês é utilizando os lápis de cor aquareláveis. Isso porque a mescla de cores acontecerá de forma mais definida, uma vez que há melhor administração das formas e delimitação de espaço. O importante é que quando se for pintar seja evitado fazer a atividade colocando muito peso nas mãos no momento de passar o pincel com a água.

Refluxo

Nesta técnica, é importante usar um papel que seja mais liso e menos absorvente. Uma vez que os contornos e desenhos estão definidos através do uso do lápis de cor aquarelável. Neste caso a aplicação do pincel com água deve ser feito bem rápido, antes que a pincelada anterior tenha secado completamente. Assim, uma tinta entrará em contato com a outra criando borrões chamados refluxos.

Pontilhado

O pontilhado nada mais é que uma variação das pinceladas com o uso do lápis de cor aquarelável. Para que a técnica tenha o efeito desejado os pequenos pontos precisam ser feitos com o lápis em uma posição vertical e com uma empunhadura bem firme nas mãos.

Gradação

Esta é uma técnica muito interessante para aqueles que desejam criar desenhos mais abstratos ou geométricos. O uso do lápis de cor aquarelável deve ser intercalado por tonalidades, sem sobrepor claro e escuro. A ideia é começar a pintura com os tons mais suaves e aos poucos elevar este tom aos mais escuros. O visual fica bonito, além de ser uma técnica fácil de desenvolver.

QUE PAPEL USAR?

Para bons resultados, é recomendado sempre material apropriado para aquarela, principalmente o papel. Um papel diferente (não próprio para aquarela) enverga mais que o normal e corre o risco de rasgar facilmente durante o procedimento. O ideal é que a gramatura do papel seja de 300 g/m² ou acima.

 

Divirta-se! A entrega à arte é sempre gratificante!  

 

Pintura feita por Camila Cabral.

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