No Slow Design

Ter sobre o tempo o tempo de senti-lo

“Sempre fiquei maravilhada pensando em como é mágico transformar manualmente fios em tecido e, a partir disso, construir todo tipo de coisas.” Carolina Ponte, artista plástica

O conceito de Slow Design implica no aumento do tempo de produção, reduz o impacto na natureza e coloca a prioridade na manufatura. Na contramão do comércio desenfreado, o movimento slow valoriza não apenas o produto, mas quem o idealiza, quem o executa e traz para a luz as tradições locais.

Slow traz na sua essência o comprometimento com o consumo responsável e a sustentabilidade.

Dessa forma, é possível promover o bem-estar dos indivíduos, da sociedade e da natureza, aplicando-se os preceitos da sustentabilidade.

O Slow Design transcende qualquer especificidade geográfica - é um convite para desacelerar o consumo e tem como propósito a valorização da produção local com o resgate da importância da produção artesanal.

O Slow Design segue a linha de pensamento do Slow Food surgido na Itália, uma manifestação que se pauta pela revisão dos modelos consumistas. Mais do que repensar, o foco está na ação, ou seja, o movimento coloca em evidência processos de criação que distam da linha de produção em massa. Essa proposta fortaleceu o desenvolvimento de peças atemporais que valorizam o processo – reposicionando a importância da etapa de execução e colocando a atenção na escolha da matéria-prima e nas técnicas manuais, entre elas, o crochê e o tricô.

Esse novo olhar também abriu a possibilidade para que estas técnicas ganhassem espaço para além da indumentária: a sua utilização alcançou as galerias de arte, um mix de produtos: cadeiras, luminárias e toda e qualquer peça que possa decorar o ambiente conciliando estética e conforto. Associados aos nossos afetos, o crochê e o tricô, ganharam novas soluções... design moderno, arrojado... requintado, fazendo, a quem busca um diferencial no guarda-roupa ou na sua casa, não se abster da escolha desses processos de confecção.

Ontem, passatempo das nossas avós, hoje desfilam nas passarelas, são destaques nos salões de design e nas galerias de arte! Impossível seria, se não pudesse ser visto e tocado acreditar na sua expressividade e nas formas que podem moldar.